O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do mês de maio foi de 0,40% e ficou 0,18 ponto percentual (p.p.) acima da taxa de 0,22% registrada em abril. O acumulado no ano (1,33%) foi o menor para um mês de maio desde a implantação do Plano Real. O acumulado nos últimos 12 meses subiu para 2,86%, enquanto havia registrado 2,76% nos 12 meses imediatamente anteriores. Em maio de 2017, a taxa atingiu 0,31%. A publicação completa e o material de apoio do IPCA podem ser acessados à direita da página.
Período | TAXA |
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Maio de 2018 | 0,40% |
Abril de 2018 | 0,22% |
Maio de 2017 | 0,31% |
Acumulado no ano | 1,33% |
Acumulado nos 12 meses | 2,86% |
Entre os nove grupos de produtos e serviços pesquisados, apenas Artigos de residência (-0,06%) apresentou deflação em maio. Os demais, conforme pode ser observado na tabela abaixo, variaram entre o 0,06% deEducação e o 0,83% de Habitação.
O grupo Habitação apresentou a maior variação dentre os grupos de produtos e serviços pesquisados (0,83%) e deu a maior contribuição (0,13 p.p.) para o IPCA. O destaque foi a energia elétrica que, após a alta de 0,99% registrada em abril, subiu 3,53% em maio, correspondendo a 0,12 p.p. no índice do mês. Desde 1º de maio vigora a bandeira tarifária amarela, adicionando a cobrança de R$0,01 a cada kwh consumido. Além disso, as seguintes áreas pesquisadas sofreram reajuste nas tarifas:
IPCA – Variação e Impacto por Grupos – Mensal | ||||
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Grupo | Variação (%) | Impacto (p.p.) | ||
Abril | Maio | Abril | Maio | |
Índice Geral | 0,22 | 0,40 | 0,22 | 0,40 |
Alimentação e Bebidas | 0,09 | 0,32 | 0,02 | 0,08 |
Habitação | 0,17 | 0,83 | 0,03 | 0,13 |
Artigos de Residência | 0,22 | -0,06 | 0,01 | 0,00 |
Vestuário | 0,62 | 0,58 | 0,04 | 0,03 |
Transportes | 0,00 | 0,40 | 0,00 | 0,07 |
Saúde e Cuidados Pessoais | 0,91 | 0,57 | 0,11 | 0,07 |
Despesas Pessoais | 0,12 | 0,11 | 0,01 | 0,01 |
Educação | 0,08 | 0,06 | 0,00 | 0,00 |
Comunicação | -0,07 | 0,16 | 0,00 | 0,01 |
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços |
No grupo Habitação, o item mão de obra para pequenos reparos (-0,10%) passou a incorporar a variação apurada a partir das informações da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), assim como o item empregado doméstico (0,43%), do grupo Despesas pessoais (0,11%). Essas mudanças metodológicas foram divulgadas pelo IBGE em 12 de março, por meio das notas técnicas 02 e 03/2018.
O grupo Alimentação e bebidas apresentou alta de 0,32% em maio com as áreas variando entre o -0,33% da região metropolitana de Fortaleza e o 0,81% de Campo Grande. Tanto os alimentos para consumo no domicílio (0,36%) quanto a alimentação fora (0,26%) apresentaram aceleração de preços em maio.
Na alimentação no domicílio, no lado das altas, os destaques ficam com a cebola (de 19,55% em abril para 32,36% em maio), a batata-inglesa (de -4,31% em abril para 17,51% em maio), as hortaliças (de 6,46% em abril para 4,15% em maio) e o leite longa vida (de 4,94% em abril para 2,65% em maio). No lado das quedas sobressaem o açúcar cristal (-3,32%), o café moído (-2,28%), as frutas (-2,08%) e as carnes (-0,38%).
Os maiores impactos individuais no índice de maio vieram do grupo dos Transportes (0,40%). De um lado, a gasolina com 3,34% de variação e 0,15 p.p. de impacto e, do outro, as passagens aéreas (-14,71% e -0,05 p.p.). Ainda nesta balança o óleo diesel apesentou alta de 6,16% e 0,01 p.p. de impacto, ante a alta de 1,84% de abril. Já o etanol que em abril registrou queda de 2,73% permaneceu na mesma trajetória com os preços, em média, 2,80% mais baratos e com -0,03 p.p. de impacto.
Nos demais grupos de produtos e serviços destaca-se, no Saúde e cuidados pessoais (0,57%), o plano de saúde (1,06%). Já nos Artigos de residência (-0,06%), o destaque foi o item Tv, som e informática (-1,55%).
Até abril de 2018, o Sistema Nacional de Índices de Preços ao Consumidor (SNIPC) abrangia as Regiões Metropolitanas de Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Vitória, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba e Porto Alegre, além de Brasília e dos municípios de Goiânia e Campo Grande. A partir de maio deste ano, conforme nota técnica 01/2018, o SNIPC passou a incorporar os municípios de Rio Branco/AC, São Luís/MA e Aracaju/SE. Com isto, os resultados regionais foram:
Área | Variação (%) | Reajuste | A partir de… |
---|---|---|---|
Campo Grande | 8,91 | 10,65 | 8/4 |
Porto Alegre | 3,18 | 9,85 | 19/4 |
Salvador | 18,45 | 16,95 | 22/4 |
Fortaleza | 4,66 | 3,80 | 22/4 |
Aracaju | 9,85 | 9,85 | 22/4 |
Recife | 12,64 | 8,47 | 29/4 |
Belo Horizonte | -1,70 | 18,53 | 28/5 |
O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de um a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange 10 regiões metropolitanas, além dos municípios de Aracaju, Brasília, Campo Grande, Goiânia, Rio Branco e São Luís. Para cálculo do índice do mês foram comparados os preços coletados entre 28 de abril a 29 de maio de 2018 com os preços vigentes entre 30 de março a 27 de abril de 2018.
INPC varia 0,43% em maio
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor – INPC apresentou variação de 0,43% em maio e ficou 0,22 p.p. acima da taxa de 0,21% de abril. O acumulado no ano registrou 1,12% seu menor nível em um mês de maio desde 2000 quando o acumulado foi de 0,83%. O acumulado dos últimos doze meses foi de 1,76%, ficando acima do 1,69% registrado nos 12 meses imediatamente anteriores. Em maio de 2017, o INPC havia sido 0,36%.
Os produtos alimentícios tiveram alta de 0,29% em maio enquanto, no mês anterior, a alta havia sido de 0,11%. O agrupamento dos não alimentícios ficou com variação de 0,49% enquanto, em abril, havia registrado 0,25%.
Entre os índices regionais, o maior índice foi em Campo Grande (1,12%) em virtude da alta de 8,90% na energia elétrica decorrente do reajuste de 10,65% nas tarifas, em vigor desde 08 de abril, aliado a aumento na alíquota de PIS/COFINS. O menor índice foi o de Belo Horizonte (0,13%) em razão da queda de 1,65% nas tarifas de energia elétrica dada a redução nas alíquotas de PIS/COFINS, apesar do reajuste de 18,53% nas tarifas a partir de 28 de maio. A tabela a seguir apresenta os resultados por região pesquisada.
INPC – Variação mensal, ano e 12 meses por região | |||||
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Região | Peso Regional (%) | Variação mensal (%) | Variação Acumulada (%) | ||
Abril | Maio | Ano | 12 meses | ||
Campo Grande | 1,64 | 0,72 | 1,12 | 1,25 | 1,22 |
Salvador | 8,75 | 0,34 | 0,98 | 1,59 | 2,03 |
Porto Alegre | 7,38 | 0,46 | 0,84 | 2,03 | 2,70 |
São Luís | 3,11 | … | 0,81 | 0,81 | 0,81 |
Vitória | 1,83 | 0,25 | 0,64 | 1,33 | 1,51 |
Recife | 5,88 | 0,28 | 0,63 | 0,66 | 0,85 |
Curitiba | 7,29 | 0,04 | 0,61 | 0,88 | 2,42 |
Goiânia | 4,15 | -0,27 | 0,57 | 0,15 | 3,02 |
Rio Branco | 0,59 | … | 0,44 | 0,44 | 0,44 |
Rio de Janeiro | 9,51 | 0,29 | 0,29 | 1,80 | 1,02 |
São Paulo | 24,24 | 0,04 | 0,24 | 0,86 | 2,27 |
Aracaju | 1,29 | … | 0,20 | 0,20 | 0,20 |
Brasília | 1,88 | 0,37 | 0,18 | 0,61 | 1,61 |
Belém | 6,44 | 0,31 | 0,15 | 1,22 | 1,01 |
Fortaleza | 5,42 | 0,22 | 0,15 | 0,90 | 0,99 |
Belo Horizonte | 10,60 | 0,26 | 0,13 | 0,94 | 1,06 |
Brasil | 100,00 | 0,21 | 0,43 | 1,12 | 1,76 |
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços |
Fonte: IBGE